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O debate em torno da sustentabilidade no setor produtivo não para de evoluir, o que pode ser traduzido em boas oportunidades para quem a levar a sério. Muitas empresas têm feito esforços para focar em ações nos Escopos 1, 2 e 3 que, resumidamente, significa que fazem planejamentos para evitar e mitigar emissões em sua cadeia de valor de forma direta e indireta.
Mas, como tudo neste mundo é dinâmico, mais recentemente surgiu o conceito de Escopo 4, mais uma direção que pode ajudar no processo de descarbonização de empresas. E sabe qual a boa notícia? Já há ações testadas e implementadas que podem servir de inspiração, em especial na indústria de alimentos e bebidas.
De modo geral, o Escopo 4 envolve as emissões relacionadas aos produtos ou serviços de uma empresa que podem ser evitadas para além das suas fronteiras operacionais. Ou seja: não basta atuar para descarbonizar os elos que estão ligados à sua própria produção, é preciso ajudar elos mais distantes a emitir menos.
Dou um exemplo que vem do meu próprio quintal: a embalagem longa vida. Criada em 1952, a caixinha surgiu para proteger o alimento após a ultrapasteurização (processo UHT) com o envase asséptico, que dispensou a necessidade de refrigeração ou conservantes. Com isso, o transporte, armazenamento e consumo foram revolucionados, reduzindo as emissões neste processo e beneficiando diversos setores produtivos.
Atuar do campo ao consumo é algo que, por meio de tecnologia e inovações, empresas do segmento de alimentos e bebidas podem trabalhar, com diversas oportunidades para evitar emissões durante o ciclo de vida de seus produtos. E, como eu disse, já há exemplos empíricos que ajudam nesta tarefa, como a reciclagem de embalagens, que evita o uso de matéria-prima virgens e fornecem novos usos para materiais reciclados.
A redução de perdas e desperdícios é outro fator, unida a maior eficiência energética e logística, com uso de maquinários que promovem ganhos sustentáveis e financeiros. Tudo isso ajuda na mitigação de impactos climáticos negativos dentro da cadeia de valor de uma empresa, mas também de elos fora dela.
Diante da crescente demanda por parte de consumidores por produtos e serviços ambientalmente mais responsáveis, e somada a regulações que surgem neste sentido também, empresas que demonstrem de maneira mais detalhada seus propósitos, certamente já saíram na frente em termos de competitividade, com potencial para alavancar resultados financeiros também. O cenário atual, com riscos climáticos cada vez maiores e ameaçadores, é propício para isso.
O conceito de Escopo 4 ainda não está padronizado como nos demais, que já contam com regras de cálculo alinhadas mundialmente, por exemplo. Mas, pela prática, já é possível entender que atuar na redução de emissões para além de suas fronteiras também traz resultados competitivos e reputacionais.
*Marco Dorna é presidente da Tetra Pak Brasil
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