O que é a retortagem e porque é feita?
A retortagem é um processo em que os alimentos são tratados termicamente dentro da embalagem. O tratamento térmico é aplicado para gerar um produto comercialmente estéril que seja estável em condições ambiente antes da abertura.
É possível retortar embalagens à base de cartão?
Sim, é possível retortar embalagens de cartão, tal como latas de metal, frascos de vidro e saquetas de plástico. A embalagem retortável é um recipiente de uma só peça que é enchido sem esterilização e processado depois de o recipiente ter sido selado. O sistema plano alimentado por cartão permite o enchimento de uma ampla gama de produtos viscosos e tamanhos de partículas, dependendo do tipo de máquina de enchimento e da plataforma de máquinas utilizada. Tem uma perfuração a laser para facilitar a abertura total na parte superior da embalagem.
Como funciona o processo de retorta?
A preparação dos alimentos pode incluir passos como descascar, cortar, branquear, ensopar, fritar e misturar, entre outros. O produto de comida preparada pode ser enchido na embalagem de cartão em uma ou vários passos, em função do tipo de alimento e da solução de enchimento selecionada.
Após a selagem, a embalagem de cartão é tratada termicamente numa retorta, também conhecida como autoclave, para obter um produto comercialmente estéril.
A que temperaturas os alimentos são retortados e durante quanto tempo?
O objetivo final é produzir alimentos seguros e de alta qualidade, por isso a temperatura e o tempo de retortagem necessários para um determinado produto alimentar têm de ser avaliados meticulosamente antes de serem implementados. Em geral, são necessários 121,1°C para a esterilização. Para os produtos com um pH inferior a 4,5, podem ser aplicadas temperaturas de pasteurização. Um processo de retorta normal demora habitualmente um total de 60 e 180 minutos.
Todos os produtos são tratados termicamente da mesma forma?
O objetivo da retortagem é manter a melhor qualidade do produto possível sem comprometer a segurança alimentar. A frescura do produto é mantida com a temperatura mais baixa possível, em combinação com o tempo de aquecimento mais curto possível. Assim sendo, o processo de tratamento térmico é otimizado para cada produto.
Saiba mais sobre o processo de tratamento térmico no nosso infográfico Explicação do tratamento térmico.
Quais são os produtos alimentares que podem ser retortados em embalagens de cartão? Há limitações?
Atualmente, é possível encontrar em embalagens de cartão produtos de tomate, leguminosas, frutas, sopas de legumes, refeições prontas, alimentos para bebés e até alimentos para animais de estimação. Este processo é ideal para qualquer alimento que possa ser esterilizado ou pasteurizado, para que seja seguro a nível microbiano. As limitações têm a ver com a capacidade dos alimentos de manterem o seu sabor e frescura após o tratamento térmico.
Há alternativas à retortagem de alimentos de longa duração?
Sim – uma linha de processamento contínuo com enchimento assético de embalagens à base de cartão. Este método é normalmente utilizado para bebidas e laticínios, mas também é adequado para alimentos viscosos. O produto alimentar é submetido a um tratamento térmico num esterilizador antes de ser enchido em embalagens esterilizadas num ambiente totalmente assético.
A principal diferença entre estas soluções de embalagem é que uma embalagem retortável é construída para processar totalmente o produto dentro da embalagem quando selada, enquanto a embalagem assética mantém um produto que foi totalmente processado antes do enchimento. Ambas as soluções de embalagem incluem barreiras que mantêm a qualidade elevada do produto durante o prazo de validade.
Em que consiste o material de embalagem para embalagens de cartão retortáveis?
É composto por seis camadas: quatro de polipropileno, uma de alumínio e uma de cartão. O cartão – que é um material renovável – constitui pelo menos 69% da embalagem.
A estrutura permite que o material resista à exposição a água durante o processo de retorta e proporciona um ambiente adequado para uma ampla variedade de produtos, ao mesmo tempo que cumpre os requisitos para um prazo de validade longo.
Quais são as credenciais de sustentabilidade das embalagens de cartão retortáveis?
Depende da embalagem retortável, mas têm habitualmente uma pegada de carbono inferior à das latas e dos frascos de tamanho equivalente, para além de serem logisticamente mais eficientes. As embalagens de cartão como a Tetra Recart® também são compostas por até 71%* de materiais renováveis provenientes de fontes geridas de forma responsável.
No que diz respeito à pegada de carbono, as emissões de carbono da Tetra Recart® ao longo da vida útil da embalagem são 85% mais baixas* do que as latas de aço e 83% mais baixas do que os frascos de vidro**.
Em termos de logística, normalmente é possível acomodar 10-20% mais embalagens cheias em cada camião, uma vez que o formato quadrado permite que sejam empilhadas de forma mais eficiente. No caso das embalagens vazias, a eficiência é ainda maior, sendo possível transportar seis a dez vezes mais embalagens Tetra Recart num único camião, o que pode contribuir para reduzir as emissões de carbono por serem necessários menos camiões para transportar a quantidade equivalente de embalagens e produtos.
Qual é o equipamento necessário para a retortagem de embalagens de cartão?
A máquina que faz o tratamento térmico da embalagem para fins de esterilização é conhecida como retorta ou autoclave.
É comum serem utilizadas retortas de pulverização de vapor e água para as embalagens retortáveis. O equipamento de retorta é um equipamento standard na indústria, mas as embalagens requerem um rack específico para assegurar um tratamento térmico uniforme durante o processamento, mantendo em simultâneo a integridade das embalagens.
Durante o processo de retorta, é importante manter uma sobrepressão externa suficientemente elevada para equilibrar a pressão interna na embalagem gerada pelo produto alimentar. Uma pressão demasiado baixa ou a perda de pressão na retorta durante o processamento resulta na deformação da embalagem. É importante controlar a sobrepressão na retorta em todas as fases de processamento, incluindo subida, permanência e refrigeração.
Após o processo de retorta, o excesso de água nas embalagens é removido usando um ventilador para secar as superfícies e em seguida, as embalagens são agrupadas em embalagens secundárias antes de serem empilhadas numa palete.
Quais são os benefícios das embalagens de cartão para produtos alimentares?
- O formato retangular ocupa entre 25 a 40% menos espaço nas prateleiras dos supermercados do que as latas e os frascos de vidro.
- Segundo estudos, os consumidores veem as embalagens de cartão como uma alternativa de embalagem mais fresca.
- As embalagens de cartão são significativamente mais leves do que as latas, tornando o transporte mais eficiente. Um camião carregado com embalagens Tetra Recart® corresponde a aproximadamente nove camiões com latas ou frascos de vidro vazios. Quando as embalagens estão cheias, uma palete acomoda 20% mais alimentos do que uma palete com latas.
- A impressão de alta qualidade em todos os lados cria oportunidades para um efeito de cartaz gigante nas prateleiras dos supermercados.
- A abertura feita por perfuração a laser e a possibilidade de fechar novamente de forma simples facilitam o manuseamento da embalagem para os consumidores.
- As embalagens Tetra Recart são feitas com pelo menos 69% de materiais renováveis (cartão), enquanto as emissões de carbono da Tetra Recart ao longo da vida útil da embalagem são 81% inferiores às das latas de aço e frascos de vidro. (Fonte: Avaliação do Ciclo de Vida das embalagens alimentares, Europa 2017)
Embalagens de cartão
Tetra Recart®
As embalagens de cartão Tetra Recart® são uma solução de embalagem inteligente e prontas para o futuro para alimentos de longa duração que serve as necessidades em constante evolução dos consumidores, produtores e retalhistas. Leia mais sobre as nossas embalagens de cartão para alimentos.
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*Calculadora de CO2 do cartão certificada pelo Carbon Trust.
** Relatório ACV, 2020, mercado europeu