Como um único sistema pode resolver os três desafios principais da fabricação de refrigerantes
O manuseio de ingredientes na preparação pode gerar vários desafios de fabricação. Mas com as soluções certas você pode garantir um processo sem problemas. Nossos especialistas explicam o que você precisa saber.
Como evitar obstruções e grânulos
Uma dor de cabeça conhecida na preparação de bebidas é a tendência que alguns ingredientes têm de aglomerar e causar obstruções. Geralmente, a obstrução ocorre no processo quando os ingredientes secos são introduzidos nos líquidos para formar a base da polpa para a futura mistura de refrigerantes.
Grânulos de açúcar, ácido cítrico ou taurina que se formam dentro das embalagens, principalmente se o conteúdo for armazenado durante um período longo ou em condições de umidade, podem obstruir equipamentos de admissão ao serem inseridos no processo de mistura.
Uma forma de evitar a obstrução é incluir uma função de alimentação úmida em sua configuração de mistura, de acordo com Denis Steffen, Vice-gerente de engenharia de design da Tetra Pak.
“A alimentação úmida adiciona o líquido diretamente aos ingredientes no funil em um processo que dissolve os grânulos de açúcar, ácido cítrico ou taurina que possam ter se formado antes do processamento – e antes que os grânulos possam criar obstruções,” diz ele.
A alimentação úmida é realizada por um injetor horizontal, um dispositivo usado para aspirar ingredientes. Um injetor horizontal evita obstruções criando uma turbulência elevada no ponto de admissão.
"Em um injetor convencional, o pó não dissolvido será depositado no fundo, onde ele se aglomera, gerando obstruções com o tempo," explica Steffen. "Por outro lado, um injetor horizontal tem um vão em formato de colher, que é por onde os ingredientes entram na mistura. Essa forma direciona os ingredientes secos para o ponto de velocidade mais alta, impedindo que o pó afunde."
Em nosso injetor horizontal patenteado, um componente vital do Sistema de Preparação B Tetra Pak, a turbulência também é mais alta no fundo do tubo, evitando ainda mais que o pó afunde e forme torrões.
Gerenciamento de pós "empoeirados"
A poeira é um perigo constante em qualquer ambiente de processamento de ingredientes secos. Além de ser uma fonte de perda de produtos, ela pode representar um risco potencial de explosões se não for mitigada de forma eficaz.
De acordo com nossos cálculos, cerca de 0,8% dos pós misturados aos refrigerantes nunca chegam à bebida final. Eles acabam no ar ou como resíduo dos sistemas de extração padrão do setor porque a poeira é gerada quando você descarrega um pó em um funil.
A solução é um sistema de extração de poeira que não trata a poeira como resíduo, mas a remove do ar por meio da aspiração. Desenvolvemos um sistema de extração e recuperação (ERS) que recupera a poeira para reutilização. Uma opção ao Sistema de Preparação B Tetra Pak.
O ERS pode ser instalado em uma estação de admissão de pó para remover poeira transmitida pelo ar gerada no funil de alimentação e no ambiente circundante. A poeira é dissolvida com uma pequena quantidade de água em um reservatório, de onde pode ser recuperada e devolvida ao fluxo de recirculação como uma mistura à base de água.
“É como se fosse um aspirador,” diz Steffen. "Um tubo de aspiração extrai o ar da área onde o operador trabalho, aspira a poeira e a transporta para um reservatório de onde ela é recuperada e devolvida ao misturador."
Nossa tecnologia de mistura é exclusiva em sua habilidade de capturar e recuperar a poeira transmitida pelo ar sem perdas de produto. A higiene completa também é garantida porque o ERS está totalmente equipado com ciclos de limpeza no local automatizada. O ERS não tem filtros que precisam ser trocados e praticamente não precisa de manutenção.
Hidratação de pós secos
O terceiro principal desafio é a hidratação eficiente do pó, também conhecida como umidificação. A hidratação ocorre no início do processo de mistura da bebida e constitui o primeiro contato entre o ingrediente seco e o produto líquido. O objetivo é liquidificar todos os ingredientes secos, transformá-los de grânulos de poeira em solução líquida.
Mas alguns pós, especialmente as gomas, são mais difíceis de hidratar do que outros. Isso ocorre porque o líquido pode ter dificuldade em penetrar embaixo da superfície de uma goma viscosa. O resultado: uma massa gelatinosa indesejada or "olho de peixe" no centro.
Fazemos a hidratação ideal de gomas em três etapas. Primeiro, nosso injetor cria turbulência suficiente para iniciar o processo de dissolução. Em seguida, um dispositivo de mistura automática patenteado quebra a goma em frações solúveis.
O dispositivo de mistura automática (AMD) é um misturador semiestático que auxilia o bocal do misturar quebrando as gomas ou estabilizadores antes que se tornem muito viscosos. É uma parte opcional do Sistema de Preparação B Tetra Pak.
Na indústria de refrigerantes, as concentrações de goma na bebida costumam variar de 0,2 a 0,4%. Nosso AMD pode lidar com concentrações de até 1% em uma temperatura ambiente de dissolução (20 °C), sem a necessidade de uma bomba de mistura de alto cisalhamento.
O terceiro componente de uma hidratação eficaz do pó é a turbulência criada pelo bocal do misturador. Essa turbulência mantém os grânulos de pó flutuando dentro dos tanques de mistura para evitar que sejam depositados no fundo.
"Todas essas três etapas criam a turbulência necessária para uma hidratação completa e total," diz Steffen. "Geralmente, os fabricantes lidam com as gomas aplicando uma alta força de cisalhamento, mas isso é caro e também consome muita energia. Nossa solução consome aproximadamente 60% menos energia."
