A restauração de florestas é vital para combater as mudanças climáticas. As árvores absorvem e armazenam dióxido de carbono à medida que crescem, sendo que as florestas atualmente absorvem 30% das emissões de carbono do mundo.
As florestas em regiões tropicais como a Mata Atlântica costumam armazenar carbono da atmosfera de forma mais eficiente do que aquelas no hemisfério norte. Originalmente, a Mata Atlântica, uma dos biomas mais ricos e o segundo mais ameaçado do mundo, cobria 17 Estados do Brasil, mas hoje somente 12% da área original está preservada, colocando em risco milhares de espécies que não existem em outros locais.
Desenvolvemos o programa de conservação das araucárias em colaboração com a Apremavi, uma ONG brasileira especializada em projetos de conservação e restauração desde 1987. A iniciativa tem como objetivo restaurar pelo menos 7.000 hectares ao longo de dez anos, o equivalente a 9.800 campos de futebol em uma área especialmente ameaçada, a floresta de araucárias, que hoje tem apenas 3% da área original preservada.
O foco para o primeiro ano do projeto (2022) esteve no mapeamento de áreas potenciais para restauração, bem como na restauração de mais de 80 hectares de terras no estado de Santa Catarina. O plantio foi finalizado em agosto e um total de 38 mil mudas de árvores nativas foram plantadas, incluindo Araucaria angustifolia, Podocarpus lambertii e Drimys brasiliensis.
O projeto também possibilitará a certificação de um território muito mais amplo sob as normas de carbono e biodiversidade voluntárias internacionais. A certificação medirá o sequestro de carbono, ou seja, o projeto desempenhará um papel importante no compromisso da Tetra Pak de zerar as emissões de gases do efeito estufa líquidas em suas operações até 2030. O objetivo é que esse território atinja até 13,7 milhões de hectares, uma área do tamanho da Inglaterra, e encoraje outras organizações a participar da iniciativa.