Com um primeiro semestre repleto de desafios e novidades, a indústria sorveteira completa os quase seis primeiros meses do ano. Sabemos que 2023 já começou atípico, com um verão ameno e com o desafio ainda mais latente de driblar a sazonalidade e buscar formas de manter o mercado aquecido, mesmo com uma mudança no clima que, invariavelmente, compete contra o consumo desse produto tão amado. Em meu último artigo publicado no Food Connection, comentei um pouco sobre a necessidade de superar a sazonalidade e preparar o mercado para se manter aquecido durante todo o ano, como vemos em mercados estrangeiros. E, felizmente, com investimento em padronização, tecnologia e desenvolvimento de produtos, muitas das empresas já iniciaram essa jornada rumo a uma fábrica adaptada às atuais necessidades do mercado.

Agora começamos a olhar para o futuro e em como buscar estrutura e consolidação para os negócios nesses próximos seis meses. Neste momento, começa uma nova etapa para todos nós, que é o de preparo do mercado e dos produtos para o verão de 2024, que, com certeza, estará repleto de novidades nesse setor. E para marcar o início desse novo ciclo, nada melhor do que um encontro dos principais e mais promissores nomes dessa indústria! Dos dias 13 a 16 de junho, a cidade de São Paulo recebe a 38ª edição da Fispal Sorvetes, principal evento para o setor sorveteiro e local onde toda a indústria, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, têm a possibilidade de trocar experiências e ter acesso aos principais lançamentos e novidades da indústria.

E algumas dessas tendências já estão começando a surgir no imaginário tanto da indústria quanto do próprio consumidor, e é sobre elas que falaremos agora.

Tendências para 2024

Uma dessas tendências se tornou realidade e já é uma conhecida dos amantes dos produtos gelados: o açaí. Essa fruta virou paixão nacional (e internacional), e o produto continuará em alta em todo o país. Segundo dados divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/FIEPA), o crescimento da exportação do açaí nos últimos 10 anos foi de quase 15.000%. O produto já caiu no gosto popular e promete se manter entre as promessas para o próximo ano.

E por falar em açaí, outros produtos que estão virando tendência são aqueles que vem com apelo de saudabilidade, muitas vezes ligados ao frescor das frutas. Mais do que nunca é importante provar que uma indulgência como o sorvete pode trazer benefícios para a saúde, sem deixar de proporcionar a experiência sensorial. Neste sentido, vemos uma crescente procura por sorvetes que promovam a redução de açúcar, o menor teor de gordura no produto ou ainda a adição de algum composto específico, como o uso de pós-bióticos que auxiliam na digestão e na proteção do intestino contra patógenos, e que também ajudam na melhora da imunidade e no aumento da absorção de nutrientes pelo organismo.   

Outra novidade que temos acompanhado de perto em outros países, e que deve ganhar cada vez mais força aqui no Brasil, são sorvetes em embalagem multipack. A ideia de poder comprar um pacote (ou pack, em inglês), com diversas unidades de um mesmo produto, vem agradando os consumidores ao redor do mundo, por razões que vão desde praticidade, comodidade e até economia. A possibilidade de adquirir seu sorvete favorito em um combo é uma possibilidade que vem com tudo para o próximo ano no nosso país, e que também merece a atenção da indústria.

O mercado sorveteiro também demonstra a tendência de criar produtos cada vez mais nichados, dedicados a públicos específicos. Essa é uma das estratégias para fugir da sazonalidade característica do sorvete, posicionando cada dia mais o sorvete como alimento e, assim, aumentando o consumo per capita da população durante todo o ano. Desenvolver produtos que atendam uma demanda específica de um tipo de público, seja por restrição alimentar, necessidade funcional – como já falado anteriormente - ou motivado por um padrão de consumo específico, dedicado, por exemplo, ao público de academia, gamer, infantil, entre outros. Esse tipo de desenvolvimento é algo que tem se mostrado uma fonte de inovação no setor. Por exemplo, já é possível encontrar sorvetes plant based ou enriquecidos com vitaminas, que elevam a vantagem nutricional e atraem um público que busca saúde, bem-estar e sabor.

Como inovar no próximo ano?

Todas essas inovações e mudanças no mercado não existem apenas na teoria. Elas podem, e vão, ser colocadas em prática por empresas de todos os tamanhos dentro da indústria de alimentos e bebidas. Esse movimento acontecerá, mas precisa ser acompanhado da evolução desse setor, seja na padronização e integração de toda a linha fabril, até um olhar mais apurado para o futuro, com a incorporação de tecnologias em toda a produção. Como comentei anteriormente aqui no Food Connection, o crescimento e consolidação da indústria de sorvetes veio para ficar, e acontecerá para todos, e essa democratização precisa acontecer para que juntos caminhemos na mesma direção. 

Desde equipamentos que possibilitam a produção contínua de sorvete, como é caso da Tetra Pak® Continuous Freezer, que faz o congelamento com incorporação de ar mais precisa, até um braço robótico, também conhecido como Tetra Pak® Ice Cream Robot Filler, e que foi projetado para ser uma solução adequada as produções pequenas e médias, a adaptação a uma realidade tecnológica, que nos proporcionará alcançarmos todas as tendências de mercado nos próximos anos, já está presente na nossa realidade, e acessível para toda a indústria.

A Tetra Pak estará na Fispal Sorvetes 2023, pois acreditamos que oportunidades como essas nos aproximam ainda mais da indústria e nos colocam frente a frente com parceiros e clientes, para entendermos suas principais dores, receios e inovações, e assim nos posicionarmos como parceira estratégica para a toda a indústria. A Tetra Pak é para você, produtor sorveteiro, e com esse senso de democratização e expansão do setor, que nos colocamos à disposição para inovarmos juntos. Nos vemos na Fispal Sorvetes!

_{*Ana Paula Forti iniciou sua jornada na Tetra Pak em fevereiro de 2010, em Monte Mor, como Gerente de Projetos. Após 12 anos a executiva assumiu o cargo de Diretora de Processamento na Tetra Pak Brasil, que ocupa até hoje. Ana é formada em Engenharia Química pela Escola de Engenharia Mauá e possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).}