24-06-2021

Tetra Pak investe recursos para aumentar o valor de suas embalagens encaminhadas para a reciclagem

Inédito, projeto Rede Longa Vida, desenvolvido em parceria com a Polen, utiliza a tecnologia blockchain para rastrear embalagens cartonadas coletadas e oferecer estímulo financeiro ao volume adicional destinado à reciclagem  

Em 2020, a Tetra Pak Brasil reciclou 108 mil toneladas de embalagens, o equivalente a 43,7% de toda a sua produção. Para que esse número continue crescendo, a empresa anuncia o projeto Rede Longa Vida, um sistema inédito de rastreamento das caixinhas coletadas e entregues à reciclagem. Desenvolvido em parceria com a startup Polen e utilizando a tecnologia do blockchain, o programa inédito visa estimular a destinação correta das embalagens e a valorização do trabalho dos profissionais da reciclagem em todo o Brasil com créditos financeiros.

No sistema da Rede Longa Vida, o volume novo de embalagens que não estavam sendo recicladas vale 20% a mais do valor original e a Tetra Pak fica responsável pelo pagamento do percentual adicional. A tecnologia do blockchain é utilizada para o rastreamento dessas embalagens e para garantir a segurança dos dados.

"É um sistema inédito que usa a inovação da logística reversa para aumentar as taxas de reciclagem e ainda melhorar a renda e condições de trabalho de catadores e cooperativas", afirma Valeria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul.  

Na prática, os catadores coletam as caixinhas, registram seu volume no sistema e vendem aos aparistas, que fazem o registro da transação. O programa Rede Longa Vida verifica as notas fiscais, faz o cálculo do valor da tonelada adicional vendida e manda o crédito financeiro ao parceiro cadastrado no sistema. Com isso, a caixinha coletada pelo catador passa a valer cada vez mais à medida que ele aumenta o volume de material captado.

Para atender às demandas da Tetra Pak, a Pólen construiu uma tecnologia completamente nova com plataformas personalizadas para os catadores e para as empresas que compram a matéria-prima. Com isso, ficam registradas todos os dados de coletas, compra e venda das caixinhas da Tetra Pak. E, periodicamente, será possível avaliar os dados, entender se as taxas de reciclagem subiram e melhorar o sistema, se necessário. 

“Está aí, inclusive, o diferencial do projeto. A plataforma dá a certeza por parte de todos os envolvidos no processo de reciclagem, de ponta a ponta, de que os resíduos coletados efetivamente foram reutilizados e se transformaram em novos produtos”, afirma Renato Paquet, CEO da Polen. 

A parceria ainda engloba outras soluções, como a intenção de estimular a captação de resíduos em regiões mais distantes fomentando assim o escoamento de maneira sustentável em todo o país.

Sobre a Polen

A Polen foi fundada em 2017, pelo ecólogo Renato Paquet, que atualmente também é Diretor Presidente de Cleantechs da Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS) e membro do Conselho de Competitividade do Sistema FIRJAN, e por seu sócio, Lucas Sarmento, economista e especialista em tecnologia blockchain. Em 2018, a empresa participou do programa de aceleração InovAtiva Brasil e foi selecionada como a melhor startup na categoria serviços B2B. Também foi acelerada pelo Founder Institute, com sede no Vale do Silício e está no Top 3 do portfólio da aceleradora na América latina. Em 2019 e 2020, ficou entre as dez startups mais inovadoras e atraentes para o mercado corporativo na categoria Environment no Ranking 100 Open Startups 2019, um dos rankings mais importantes sobre inovação do mundo. Recentemente se tornou uma Scale-up Endeavor, startup que atinge a validação de seu produto no mercado e escala seus resultados em números muito expressivos.