22-04-2019

O storytelling da embalagem

Dizem que não se julga um produto pela embalagem, mas na indústria de alimentos isso não somente acontece como também é determinante para o sucesso. Entenda o storytelling por trás do desenvolvimento de uma embalagem e como ele é fundamental para alavancar as vendas no varejo.

Imagine-se em uma entrevista de emprego rodeado por outras dezenas de candidatos. Você tem, literalmente, 12 segundos para contar a sua história e atributos e convencer os entrevistadores de que você é a pessoa certa para a vaga. Apesar de um tanto radical, essa é a realidade que o seu produto encontra no ponto de venda. Em média, consumidores passam 12 segundos olhando para toda uma categoria antes de tomar sua decisão de compra. Saber contar a história e atributos do seu produto através da embalagem pode ser um divisor de águas rumo ao sucesso ou à rejeição.

Ainda que não seja um processo consciente, a escolha de qualquer item em detrimento de outros com características similares responde a valores e experiências com as quais o consumidor se identifica. Para influenciar na decisão de compra, é preciso criar uma proposta de valor capaz de estabelecer um vínculo emocional com o cliente.

“É preciso entender a jornada do consumidor e quais as suas necessidades no dia a dia. Quando entendemos isso, conseguimos trabalhar nos pontos de contato do consumidor com o produto”, diz Katy Nagib, Design Intelligence Manager da Tetra Pak para as Américas. Katy integra o time de Serviços de Marketing da companhia, responsável por suportar a indústria de alimentos e bebidas no desenvolvimento e posicionamento de produtos no mercado.

Para chegar ao conceito que definirá a expressão gráfica do produto, um dos primeiros passos é criar uma persona, conta Katy – ou resumidamente, a representação fictícia do consumidor daquele produto.

“Por exemplo, se estou desenvolvendo uma bebida para o público jovem, preciso considerar quais experiências e aspectos esse público prioriza. A partir disso, consigo trabalhar de forma estratégica com palavras e recursos visuais que sejam mais próximos a esse consumidor no dia a dia”, explica.

Segundo a profissional, a definição do design da embalagem se assemelha a um jogo de xadrez. Cada elemento tem uma proposta e uma função, portanto nenhum pode ser visto de forma isolada, mas como parte de um conjunto maior elaborado para criar uma conexão emocional com o consumidor e comunicar a proposta de valor do produto.

Uma batalha nas prateleiras

Ao olhar para a prateleira de um supermercado, o consumidor é impactado por uma quantidade imensa de cores e formatos de embalagens. Para se destacar, é preciso investir em uma identidade visual que facilite o reconhecimento do produto, bem como da marca produtora e o seu logo. 

Para auxiliar o seu negócio, listamos abaixo alguns dos principais elementos presentes em embalagens e como eles podem ser utilizados a seu favor.

Cores: por que não trabalhar com paletas próprias?

O poder das cores é incomparável quando se trata do reconhecimento de uma marca. Este recurso tem sido utilizado por diferentes companhias há décadas, a tal ponto que os principais players têm suas próprias cores patenteadas.

Além de auxiliar no reconhecimento do seu produto e fortalecer a história a ser comunicada, a utilização de cores únicas pode ser uma aliada ao permitir que o seu produto se destaque nas prateleiras, mesmo quando visto de longe. A partir de um forte impacto visual, é possível atrair e guiar os consumidores até o seu produto.


Contrastes: destaque para o que realmente importa


Além de garantir legibilidade, o contraste é importante para destacar informações que diferenciam o seu produto dos demais. Por exemplo, uma bebida com menor teor de açúcar deve ter essa informação exibida de forma clara e objetiva. A sobreposição de cores contrastantes é um recurso interessante para dar destaque à informação.

Fontes: lembre-se do seu público, mas seja sério quando necessário


Há tipografias que ajudam a comunicar aspectos do produto, como refrescante, leve, nutritivo. Invista nesses recursos para reforçar as características que o consumidor procura, mas tenha atenção às informações sensíveis. Tabelas nutricionais e prazo de validade devem, além de estar claros, ser de fácil leitura a qualquer consumidor.

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